Psicodélicos e artes: qual a relação?

Conheça a relação entre psicodélicos e artes!

A psicodelia é um estado de manifestação em que a mente gera efeitos profundos sobre a experiência consciente. Essa palavra tem sua origem etimológica de dois termos em grego, psique e delein, que significam mente e manifestação, respectivamente.

Os psicodélicos (drogas), são encontradas em suas formas naturais, como alguns cogumelos e em formas sintéticas, como ecstasy e LSD. Muito populares no início da década de 60, esses alucinógenos, criam efeitos como uma repentina iluminação e expansão da mente.

Os efeitos provocados por essas drogas inspiraram um movimento artístico, mas também cultural que ficou conhecido como movimento psicodélico.

Movimento psicodélico

Trazendo uma certa semelhança ao surrealismo por abordar manifestações artísticas que falam sobre o subconsciente, o movimento psicodélico se iniciou em meados da década de 60 e influenciou não só a arte, como também passou a ser um estilo de vida, vestimenta e outros hábitos.

O psicodelismo surge como uma forma de protesto ao consumismo e capitalismo americano que vinha ganhando muita força na época. Se unindo ao Rock and roll e à Pop Art, o movimento psicodélico começou a se estabelecer e a estabelecer características únicas em relação à música como: quebra do padrão linear na construção de uma música, inserção de elementos sonoros não convencionais, como o barulho do trânsito por exemplo, além da produção de letras que denotavam momentos de profunda atividade mental.

Não se restringindo apenas à música, o movimento psicodélico expande suas fronteiras para a estética. Essa área, permitia a visualização, bem como identificação do que seria um produto originado da arte psicodélica. A manifestação artística em questão apresenta formas diferenciadas, imagens distorcidas e duplicadas, além da saturação de cores, que refletia o estado de alucinação que os psicodélicos causam em que faz uso deles.

Características do psicodelismo

Com o rock psicodélico se tornando cada vez mais popular, toda a produção musical e artística desse ritmo, precisava seguir as mesmas características do psicodelismo.

Cores fluorescentes, contrastes cromáticos, com plantas, bem como animais exóticos sendo utilizados como recursos imagéticos, letras muito desenhadas e quase ilegíveis, iam se tornando tendências nas capas dos álbuns das bandas naquela época.

Psicodélicos no Brasil e as artes

Com o rock e o soul chegando nas terras norte-americanas, países como o Brasil se viu fortemente influenciado por esses ritmos musicais.

Artistas e bandas como Jorge Ben Jor, Tropicália, grupo Novos Baianos e Tim Maia produziram obras que se enquadram no contexto da psicodelia e que fizeram muito sucesso nas décadas de 60 e 70.

Trazendo o toque da música baiana com traços do rock psicodélico, o grupo Novos Baianos lançou em 1972, o álbum Acabou Chorare, que fez um sucesso absurdo e além disso, se manteve no topo das paradas musicais por mais de 30 semanas consecutivas.

O psicodelismo não representou apenas um movimento artístico, mas também um movimento de liberdade de expressão, de harmonia e de esperança. Através de todas as suas características enraizadas da música, estética e arte época, lutavam por um mundo livre das amarras do conservadorismo extremo.  

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