Estudo mostra que psilocibina é 4 vezes mais eficaz que antidepressivo

A depressão foi considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como o “mal do século XXI”, e não é para menos: além de ser uma doença silenciosa, difícil de diagnosticar, ela afeta 300 milhões de pessoas no mundo e o número cresce ano após ano.

Portanto, cientistas do mundo todo se dedicam a pesquisar possíveis curas para este mal, procurando inclusive soluções não-convencionais como os cogumelos alucinógenos.

Estudo da Psilocibina para tratamento de depressão 

Uma rigorosa pesquisa foi feita recentemente por um time de cientistas americanos com 27 pessoas com depressão e teve resultados animadores: demonstrou que a psilocibina (substância que faz certos cogumelos serem alucinógenos) funcionou melhor do que os tratamentos comuns.

Esta pesquisa foi publicada no dia 4 de novembro de 2020 na JAMA Psyquiatry, revista norte-americana especializada em questões psiquiátricas e revisada por médicos.

Como foi feito o teste com os cogumelos alucinógenos?

O teste realizado para analisar os efeitos dos cogumelos mágicos se deu da seguinte forma: 

  • Metade dos participantes foram submetidos a duas doses de psilocibina em dias diferentes (sendo que as doses eram administradas em ambiente confortável) e também tiveram 11 horas de psicoterapia. 
  • Já a outra metade era tratada apenas com terapia convencional para comparação de resultados.

Resultado do uso da psilocibina para tratar depressão

O estudo constatou que os pacientes tratados com psilocibina obtiveram resultados significativos e estáveis após um mês de tratamento.

“Houve uma redução significativa na depressão do grupo tratado com psilocibina” relata Alan Davis, um dos cientistas da equipe: “este efeito ocorreu logo após a primeira sessão e manteve-se de forma consistente ao longo do mês. A eficácia foi mais de 4 vezes maior do que a encontrada em estudos de tratamento de depressão psicofarmacológica”, completa.

Além da maior eficiência em relação aos antidepressivos, os cogumelos contendo psilocibina tem baixo potencial de dependência

Ainda que a publicação traga bons e animadores resultados, as pesquisas continuarão: 

“Precisamos de mais pesquisas que abordem a segurança e eficácia destas substâncias e quais os tipos de paciente mais adequados a se beneficiarem delas”.

Relata Charles F Reynolds III, professor emérito de psiquiatria da Universidade de Pittsburgh.

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